Oi pessoal!
No último post (A escolha do tema de pesquisa) havia falado sobre a importância de haver identificação com o tema de pesquisa escolhido.
Estendo essa importância também no que se refere à escolha do futuro orientador (a).
Obviamente que o trabalho de pesquisa é tarefa do pesquisador. É você quem terá de pesquisar, ler, analisar, escrever e reescrever… mas com a orientação do orientador. Contudo, o que muito se vê, na prática, é orientação apenas na teoria (o famoso “mestre dos magos”), ou seja, orientadores que não orientam.
Eu tive a oportunidade de ter um ótimo orientador. Não apenas como professor, mas principalmente como pessoa. Sempre teve muuuita paciência comigo. Posso dizer que nossa relação orientador/orientanda se deu de forma horizontal e não vertical.
Tudo estava indo bem, mas num dado momento da minha pesquisa ele teve de se afastar para tratar um problema com sua saúde.
E agora? Pensei…
Fiquei um bom tempo tendo de lidar com a insegurança de percorrer o caminho sozinha. Até o momento da qualificação foram dias e noites de preocupação, principalmente em relação à metodologia.
Aí, entrou em cena um dos primeiros professores que tive no mestrado em uma das disciplinas. Sabendo do meu problema, ele mesmo se ofereceu para me ajudar como meu co-orientador. Só assim, pude dar continuidade à pesquisa com mais segurança.
Além disso, sua co-orientação se deu também de forma horizontal e amistosa. Possibilitou-me pensar o diálogo de meu objeto de pesquisa com outras narrativas. Posso dizer que houve uma “química” de ideias que proporcionou o amadurecimento de minha pesquisa.
Muitos orientandos têm verdadeiro pavor de seus orientadores. Considerando os orientadores que tive, penso que quanto mais horizontal for essa relação (que durará no mínimo dois anos, haha…) melhor será.
Por isso, havendo possibilidade de escolher seu futuro orientador, procure além de observar o Lattes dele/dela, observar também se há identificação de ideias, uma vez que ele/ela é quem lhe guiará (ao menos teoricamente) nessa trajetória.
Mestrado USP: aí vamos nós! 