Os dez mandamentos do pesquisador sem recursos

21 de dezembro de 2017

Oiii pessoal!

Faz um tempinho que não escrevo aqui no Blog… Este semestre estive orientando vários projetos de pesquisa. Optei, então, por me dedicar ao trabalho da consultoria (e que rendeu algumas aprovações! Uhuuuu!!!).

Esses dias li um texto e gostaria de compartilhar com vocês. Acho que pode servir para muitos, inclusive para mim.

Um abraço a todos e desejo muitas aprovações para 2018!

 

Os dez mandamentos do pesquisador sem recursos

(por Marcelo Paixão)

 

• Aprenda a trabalhar com poucos recursos. Nem sempre recurso abundante é sinônimo de um bom trabalho;

• Acostume-se a trabalhar recebendo poucos elogios. Na verdade, seja você próprio o maior e mais severo, mordaz e contundente crítico de si mesmo;

• Tenha absoluta convicção do que você está fazendo. Plena certeza de sua validade, necessidade e justeza. Talvez durante muito tempo somente você próprio acreditará nas suas ideias. Lute por elas, afinal de contas, se nelas você não acreditar, ninguém também acreditará;

• Conquanto difícil tê-los, são muito importantes os bons parceiros de reflexão, companheiros de trabalho e orientadores de estudos. Quando encontrar os de boa cepa, com estes, faça pacto de sangue;

• Lembre-se: ninguém, nunca, vai poder te impedir de pensar. Reflita sempre de forma criativa sobre sua própria realidade. Não dê importância a modismos ou modelos;

• Deixe as coisas simples do mundo te ensinarem. A vida é uma grande professora; o acaso um talentoso mestre;

• Fuja da arrogância. Ela não serve para nada. Aliás, serve sim. Para embotar teu pensamento e para criar defesas ilusórias que te isolarão da criatividade e da rebeldia;

• Aprenda a ouvir e ler os outros. Saiba reconhecer pessoas, autores e ideias que serão cruciais na ampliação de sua compreensão das coisas do mundo, da vida e das teorias;

• Jamais despreze o seu próprio silêncio. Este é o ninho dos teus pensamentos mais nobres e fecundos;

• O mais importante de todos os conselhos. É sério. Aprenda a ler as suas intuições. Há uma lenda muito antiga (que fui eu mesmo que inventei) que diz que os Deuses da pesquisa, que vivem no Olimpo cercado de outras divindades, são preguiçosos e detestam ter de perder tempo com os mortais. A leitura e a reflexão sensibilizam, às vezes, estes Deuses que, plácidos, se comunicam conosco através de vagos sinais. A intuição é justamente o modo de nos aproximarmos destas deidades. Ela é o único modo inteligível de captação dos seus sinais. Sua intuição, no fundo, um roubo do néctar sagrado dos segredos destes Deuses, é o que te permitirá trazer novidades. Enfim, ser original no debate. Dela, e única e exclusivamente dela, de vossa própria intuição, você está livre para ser escravo.

 

 

 

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Fernanda Filgueiras

Doutoranda na Faculdade de Educação da USP e mestra pelo Programa Interunidades em Integração da América Latina - PROLAM/USP. Especialista em Metodologias Ativas pela PUCMG. Historiadora, professora e consultora acadêmica.
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